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quarta-feira, 16 de março de 2011

Renan o Dudu da BMX de Fortaleza recebe o titulo de superação no esporte!

publicado em 13/03/2011 - 20:31 por George Noronha

Dudu em um voo radical/Foto:Alana Andrade
A página de esportes radicais do Diario do Nordeste encartou uma super reportagem com a galera do BMX cearense.
Confira a matéria a íntegra e galeria de fotos:
Na aventura radical dessa semana fomos ao Street Park do CUCA da Barra do Ceará para conferir as manobras de uma turma que manda muito bem sobre duas rodas. Entre um salto e outro, a trupe radical das bikes nos contou um pouco de como estão as perspectivas de quem tenta se dedicar a um dos esportes radicais que mais têm crescido em nosso estado impulsionado pelas novas pistas que estão sendo inauguradas. Então vamos nessa conhecer um pouco mais sobre o BMX cearense.
Barra do Ceará, Quarta-feira de Cinzas, 09/03, final de tarde. Enquanto muitos estão voltando do carnaval com a carga de energia interior na reserva ou próxima dela, uma turma esquenta as turbinas movidos pela inesgotável fonte de adrenalina dando um verdadeiro show às margens do Rio Ceará.
Logo que chegamos à pista de skate do CUCA, o Centro Urbano de Cultura e Arte, situado na Barra do Ceará, Dudu, o líder do grupo, nos recebeu de forma apoteótica: literalmente, voando por sobre as duas maiores rampas para aterrissar ao nosso lado. A visão daquele rapaz franzino voando cerca de 4m de altura e pousando suave como um pássaro foi simplesmente impressionante. Naquele exato momento percebemos que estávamos diante de garotos que não estavam ali para brincadeira.
A ação começou tão logo a equipe se apresentou. Dudu, que na verdade se chama Renan, estava com seus amigos Francisco Rogério, o Rato e David Farias, o Barra. Todos moram nas imediações da pista e dava facilmente para perceber o conhecimento e a intimidade que a turma tinha com os obstáculos. Os saltos, cada um mais incrível que o outro, em pouco mais de dez minutos, já atraiam a atenção dos que passavam pela pista. Até a turma do futebol parou para ver o show nas rampas e obstáculos.
Mas nem tudo são flores na vida de um atleta radical. Vez por outra uma queda tão espetacular quanto os saltos acabava rolando. Quando isso acontecia, perguntávamos se estava tudo bem e eles invariavelmente respondiam da mesma forma dizendo: “Claro. Está tudo bem!”.
A habilidade dos garotos exibida durante a demonstração mostrava claramente como os esportes radicais, e em especial o BMX, estão evoluindo a passos largos no Ceará.
Radicais e românticos
Contudo, nada do que vimos nos surpreenderia tanto quanto a conversa que tivemos com os amigos radicais enquanto eles se revezavam na pista. Ao perguntarmos para o Dudu como está o esporte no Ceará, as perspectivas, patrocinadores, etc., ele nos deu uma verdadeira aula de amor ao esporte.
Segundo ele, que trabalha na copa de uma grande cozinha corporativa, o que o faz dedicar todo o tempo livre ao aprendizado e aperfeiçoamento de manobras é apenas o prazer de praticar o esporte, e completa dizendo que, naturalmente, qualquer atleta que busque o alto rendimento, gostaria e sonha em poder viver apenas do esporte. Mas, se dentro de sua realidade isso não se tornar possível, tampouco será motivo para ficar sentado em casa na frente da televisão.
“Eu pratico BMX porque amo este esporte e sou totalmente viciado na emoção de se fazer uma manobra radical. E mesmo que eu nunca consiga um patrocínio de verdade, vou continuar amando e andando de BMX enquanto meu corpo aguentar”, afirmou Dudu com a firmeza de quem garante que não consegue se imaginar fazendo outra coisa.
Ele ainda nos relatou que já participou de algumas competições chegando a figurar em alguns pódios, inclusive de provas a nível de Nordeste:
“Certa vez, eu e mais alguns amigos fomos para uma competição em Recife e os competidores do Sul do país ficaram impressionados com o nosso nível. Eles achavam que iam nos encontrar em bicicletas compradas no mercantil da esquina e se surpreenderam quando nos viram com equipamentos de ponta iguais aos deles. Terminei na quarta colocação e me diverti muito. Serviu como uma grande injeção de ânimo e vimos que nosso nível estava além do que imaginávamos”.
Depois desse empolgante depoimento foi a vez do Rogério Rato tentar explicar como o BMX é para ele muito mais que um esporte e sim, um verdadeiro vício.
“Acredito que um atleta tem que participar de competições. Ele não precisa ficar bitolado, mas deve ter essa experiência. Quando você se torna um atleta competitivo adquire habilidades que vão ajudá-lo em tudo o que fizer na vida. Competir é enfrentar uma situação de pressão onde você irá conhecer seu nível, segurança e constância nas manobras e ainda saberá se nessa vida vai poder contar com a sorte, não é o máximo?”, indagou Rogério brincando com o assunto.
Pensando bem, o que Rogério disse faz todo sentido. Um bom competidor é uma pessoa que consegue manter a calma e o controle em uma situação de pressão, revertendo essa condição a seu favor e qualquer profissional que consiga levar esse tipo de experiência para seu trabalho inevitavelmente será bom no que faz. Essa foi a lição que Rogério Rato nos ensinou.
A aventura já estava se encaminhando para o fim quando fomos conversar com o mais jovem dos amigos, o David Barra. Com ele pudemos ter uma real dimensão de como a sua geração está sendo influenciada por tudo o que está acontecendo à sua volta e apesar das dificuldades naturais para quem decide se dedicar a um esporte, ele é um exemplo vivo de como essa garotada que está sendo chamada de ‘Nova Geração’ está conquistando seu espaço mostrando competência, profissionalismo e prazer.
“Para mim o BMX é, acima de tudo, uma grande diversão. Eu pratico porque sou completamente viciado nesse esporte e não consigo me imaginar sem minha bicicleta… Competição é legal. Faz você evoluir rapidamente. Mas, nem tudo no BMX se resume aos campeonatos. Enquanto eu estiver me divertindo irei seguir me dedicando. Sei que para andar de igual pra igual com os atuais competidores a nível nacional é preciso investir pesado em equipamentos, mas, mesmo com toda dificuldade, tentarei seguir meu sonho, viajando, fazendo novos amigos, conhecendo diferentes culturas e, como já disse, buscando sempre manter a saúde e ser feliz”, afirmou Barra.
Após algumas horas com essa turma, ficou bem claro que todos eles almejam uma condição adequada para praticarem seus esportes, contudo, em nenhum momento eles demonstraram que isso seria uma condição para a prática do BMX. Pelo contrário, todos enfatizaram que a prazer da andar de bicicleta e realizar manobras radicais é o principal motivo que os faz dedicar suas vidas ao esporte, como se a adrenalina de realizar a manobra perfeita os bastasse para serem felizes.
Na verdade, eles nos deram várias lições de algo que está se perdendo em meio ao excessivo profissionalismo com o qual os esportes estão sendo encaradosatualmente. Mas o principal ensinamento foi que o amor incondicional é e sempre será a energia primordial que alimenta os verdadeiros atletas, aqueles que procuram vencer barreiras e superar limites transformando-se, através do esporte, em seres humanos mais equilibrados e evoluídos.
SAIBA MAIS
BMX é um esporte radical praticado com bicicletas de aro 20. Sua origem remonta da década de 1950, mais precisamente em 1957 e diferentemente de vários outros esportes radicais, não surgiu na Califórnia e sim na Holanda. Nada mais natural, pois, para quem não sabe, a Holanda é o país das bicicletas. A sigla significa Bicicleta Moto Xtreme e nasceu das brincadeiras entre crianças que buscavam imitar em seus quintais os ídolos do Motocross que já começavam a despontar como pop stars do mundo esportivo.
Uma bicicleta de BMX amadora custa em média de R$ 800,00 a R$ 1.200,00;
Já uma profissional pode custar entre R$ 3.000,00 a R$ 7.000,00, representando uma das maiores limitações para a prática.
Modalidades
O BMX possui basicamente 2 modalidades: Racing e Freestyle
Na racing os atletas vão se enfrentando em baterias de quatro atletas, onde dois avançam até a bateria final onde se conhece o grande vencedor;
Já a modalidade Freestyle, que consiste em fazer manobras, se subdivide em outras cinco categorias:
Flatland – manobras em superfícies planas;
Street – praticado nas ruas onde os obstáculos são calçadas, corrimãos, escadas, etc.;
Park – onde se procura reproduzir os obstáculos do street em circuitos fechados;
Vert – praticado em Half-Pipe, uma pista em forma de ‘U’ onde os atletas exploram os aéreos e manobras de borda;
Dirt Jump – praticado em rampas de areia com uma para a decolagem e outra para a aterrissagem. É nessa modalidade que acontecem as disputas da categoria ‘Nem que Morra’, onde os atletas desafiam as leis da gravidade fazendo manobras que até Deus duvida.
NA INTERNET
Acesse o Blog Manobra Radical no  www.diariodonordeste.com.br . Lá, você poderá conferir mais fotos e informações sobre o mundo do BMX e de diversos outros esportes radicais.
LINK PARA A MATÉRIA NO JOGADA:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=946584
FOTOS SENDO CARREGADAS

Dudu é um dos maiores expoentes do BMX cearense/Foto:Alana Andrade

Barra arrepiando/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

O Back Flip é uma das manobras mais radicais e perigosas do BMX/Foto:Alana Andrade

Dudu é um showman quando o assunto é BMX/Foto:Alana Andrade

O Rio Ceará compôs um cenário perfeito de fundo para as manobras radicais do turma do BMX/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

BMX é radical/Foto:Alana Andrade

FONTE: DIARIO DO NORDESTE

Um comentário:

  1. Nos da JS PDT apoiamos essa iniciativa dos atletas de fortaleza, alem parabenizar o líder DUDU pelo titulo de superação no esporte e na vida.
    Parabéns diários do nordeste pela excelente matéria.

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